Paulo
tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no
campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo
fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando
que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de
buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo.
Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de
jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
- Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
- Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
Carlos
Drumond de Andrade
1)
O autor pretende mostrar, no texto:
a)
a história de um menino mentiroso que teve seu justo castigo.
b)
que a mentira sempre traz más consequências.
c)
que os médicos não são especialistas em mentiras.
d)
que o menino, na verdade, era muito criativo.
2)
Pode-se perceber que:
a)
a mãe de Paulo era uma pessoa sensível.
b)
Paulo pode ser considerado um garoto original.
c)
Siá Elpídia era culpada pelo estado de saúde de Paulo.
d)
os dragões - da –independência cuspiam fogo só para prejudicar
Paulo.
3)
A leitura do texto permite concluir que, para o autor:
a)
a arte diferencia-se da realidade, pois tem um compromisso com a
verdade.
b)
poesia e arte se confundem, pois se baseiam sempre na mentira.
c)
a fantasia é uma das condições para a existência da poesia.
d)
só a verdade é condição para poesia.
4)
Sobre tipos de narrativa marque a resposta certa:
a.
A narrativa ficcional conta-se uma história real.
b.
A narrativa não ficcional traz uma história vivida e relatada por
alguém, ou seja, uma história real.
c.
O jornal é um exemplo de narrativa ficcional.
d.
A narrativa não ficcional conta-se algo irreal, uma ficção.
5)
Marque um X na opção em que temos discurso indireto:
a)
"- Por que veio tão tarde? perguntou-lhe Sofia, logo que
apareceu à porta do jardim, em Santa Teresa.
b)
-
Que crepúsculo fez hoje! - disse-lhes eu, ansioso de comunicação.
c)
"Dona
Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e
disse-lhe:
-
Sonhei que vai faltar feijão."
d)
"A
certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava muito
conhecer Carlota e perguntou por que não a
levei comigo."
6)
Marque
a frase que tem pronome relativo:
a.
Este é o livro que eu li.
b.
Sempre respeite seus pais.
c.
É proibida a entrada.
d.
Cuidei de meus pais até ficarem bem velhinhos.
e.
Eu tenho uma TV em cores.
7)
Nas frases abaixo temos três fatos e uma opinião. Marque um X na
opinião:
a)
Ninguém é igual a ninguém.
b)
No Brasil, fala-se português.
c)
Acho que todos nós deveríamos pensar mais nos outros.
d)
As paredes da sala de aula são verdes.
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